domingo, 3 de abril de 2016

Cicatriz Patológica

Após um dano ao tecido (pele, osso, músculos), o corpo não possui capacidade de regenerar, ou seja, não produz um tecido igual ao que foi lesado, ele produz uma cicatriz com tecido semelhante. Sendo a cicatriz um tecido diferente, ela não tem a mesma textura, maciez e elasticidade, comportando-se de modo diferente ao tecido original quando submetido à tensão.

A cicatriz pode ter impacto no corpo, dependendo de suas características e localização. Quando a lesão na pele chega a um tecido chamado fáscia (tecido conjuntivo), muito provavelmente terá influencia no corpo. A fáscia é a base de todo o nosso corpo, é ela que o mantém unido. É a responsável pela propagação de tensões patológicas causadas pela cicatriz, pois, arrasta estruturas a sua volta e diminui a mobilidade tecidual. A cicatriz também pode alterar o tônus muscular e a sensibilidade local. Isso ocorre quando exteroceptores da pele são estirados gerando uma alteração da atividade muscular. 

Um exemplo comum é que uma cirurgia de apendicectomia pode causar uma inclinação lateral do tronco devido à diminuição de mobilidade e elasticidade desta região, causando uma cadeia de adaptações por todo corpo.




                  



É válido ressaltar que este processo não ocorre do dia para a noite, as alterações posturais levam meses para se estabelecer. É preciso fazer uma avaliação tendo por base o histórico clínico, palpação e avaliação postural detalhada.


E é fundamental tratar as cicatrizes, de qualquer cirurgia, seja ela ortopédica, plástica, até mesmo as cesarianas ou cicatrizes traumáticas, pois estas muitas vezes são as causas dos problemas, e outras vezes são obstáculos que não permitem o tratamento ter 100% de sucesso. 

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